Como saber se sou médium de incorporação?
Essa é uma dúvida muito comum. A mediunidade tem tantos caminhos, e, como conhecemos apenas alguns deles, esse tema pode gerar grande confusão.
Especialmente no caso dos médiuns de incorporação, essa habilidade pode não ser reconhecida logo no início dos primeiros sinais e sintomas que o aflorar mediúnico causa.
Então, como é possível saber se a minha mediunidade é de incorporação?
A mediunidade
A mediunidade é uma capacidade inerente ao ser humano, ou seja, todos possuem em maior ou menor grau. Esse termo é originário do latim e significa “intermediar”, exercer um papel de mediador entre a matéria e o mundo espiritual. Assim, para você que está perguntando “como saber se sou médium de incorporação”, é preciso entender primeiro um pouco mais sobre a mediunidade e o seu significado.
“Mediunidade nos aproxima da luz quanto das trevas. Se sabe ser médium, cuidado com seus pensamentos e atitudes. Luz atrai luz, escuridão atrai escuridão”
Essa habilidade consiste na capacidade de interagir com energias de frequência distintas das encontradas na matéria. Assim, uma pessoa com alto grau mediúnico consegue perceber os espíritos e se comunicar com eles das mais variadas formas. Alguns conseguem apenas escutar os espíritos, outros possuem a capacidade de receber deles mensagens por escrito, já outros podem ver essas entidades como se estivessem diante de um encarnado. Há também médiuns que apenas sentem as energias, mas não conseguem se comunicar. Tudo vai depender do tipo de mediunidade e da missão de cada um. Assim, a medida que estudam mais e aprendem a lidar com esse dom, os médiuns começam a desenvolver essa faculdade que, conforme passa o tempo e o conhecimento aumenta, vai ficando cada vez mais intensa. Para os médiuns de incorporação, a capacidade se resume em conseguir “emprestar” o seu corpo físico para espíritos que estão desencarnados possam se manifestar. O espírito não “entra” dentro do corpo do médium, como costumamos pensar. Ele só consegue assumir o controle dele, por um curto período de tempo, em função da aura desse tipo de médium ser mais densa. É como se houvesse uma acoplagem com a aproximação do espírito, que consegue controlar a mão do médium ou a voz, quando há uma manifestação vocal.
“A mediunidade independe da religião”
A mediunidade, portanto, é um vasto campo de competências ligadas à relação que os espíritos possuem com os encarnados e pode se manifestar de muitas formas diferentes. Como somos todos espíritos, todos possuímos mediunidade em graus leves, porém, quando a mediunidade é ostensiva e muito forte, trata-se de uma missão de vida. Ela é uma ferramenta de resgate e evolução, que promove o crescimento espiritual do médium através da ajuda ao próximo. Por isso, a mediunidade não deve ser usada para fins financeiros ou benefício próprio, mas sim ser colocada à disposição dos aflitos e necessitados.
Clique Aqui: Se sou médium, eu preciso desenvolver mediunidade? É obrigação?
Como identificar um médium
Pode parecer simples identificar um médium, mas nem sempre é. Quando a pessoa nasce com uma mediunidade mais marcante e aflorada, não há dúvidas. Ele ouve, ele vê, ele sonha, enfim, o médium acaba tendo uma relação bem próxima com os espíritos, quase sempre desde a infância. Mas, há muitos médiuns que possuem apenas uma sensibilidade maior ou uma intuição mais presente, então, fica mais difícil reconhecer o médium como tal.
“A mediunidade é uma ponte para o seu próprio auto-conhecimento. Ela é oferecida para que o médium possa se tornar uma pessoa melhor, sendo assim, desenvolvendo a sua sensibilidade perceptiva sob outros mundos e sob outras dimensões”
Porém, a mediunidade tem sintomas e é através deles que conseguimos identificar um médium com mais facilidade. Algumas perguntas também podem ser respondidas, para ajudar você a compreender se o que você enfrenta na vida está relacionado com a mediunidade:
1. Você já teve, ou tem, a sensação de que outras pessoas estão falando com você, mesmo estando sozinho?
2. Você sente arrepios na espinha ou calafrios repentinamente, sem explicação aparente?
3. Você consegue identificar e sentir os sentimentos de outras pessoas que estão ao seu redor?
4. Você acorda frequentemente com o corpo mais pesado do que o normal?
5. Em lugares muito cheios costuma se sentir indisposto, com mal-estar?
6. Já teve aquela sensação de estar sendo observado e, quando olha em volta, não enxerga ninguém?
7. Você se sente mal ao ver plantas sem vida ou animais sofrendo?
8. Seus sonhos aparentam ser verdadeiros, vívidos?
9. Costuma ficar nervoso ou com tremor sem explicação plausível?
10. Tem sintomas físicos, como: suor excessivo nas mãos, transpiração exagerada nas axilas, formigamento nas extremidades, vermelhidão nas orelhas e nas bochechas, sensação de orelhas queimando, sensação frequente de desmaio, falta de energia, acordar cansado demais, melancolia e abatimento perceptivo, desenvolvimento de fobias, palpitação ou taquicardia, ânsia de vômito, insegurança exagerada, pés gelados, dores nas costas e perda ou excesso de sono.
Se você respondeu sim para a maioria das perguntas, você pode ser considerado um médium. Mas isso ainda não define o seu grau de mediunidade. Prova, a princípio, que você tem uma certa conexão com um plano espiritual e que, se houver dedicação de sua parte, essa habilidade vai crescer e se desenvolver.
7 sintomas de incorporação
Se você já sabe que é médium, mas não tem certeza se a sua habilidade envolve a incorporação, fique atenta aos seguintes sintomas:
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Troca de energia
Todo ser humano ao se comunicar troca energia com outro ser. É natural que um médium, por ser mais sensível, consiga perceber com maior facilidade. Ele troca e absorve energias durante uma incorporação, essa energia pode ser positiva ou negativa, mais forte ou mais fraca. O médium costuma sentir essa troca de energia no seu corpo físico e/ou espiritual. Alguns médiuns sentem os efeitos da troca energética por dias após a incorporação.
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Tremores
Alguns segundos antes de incorporar, é comum que o médium sinta alguns tremores em seu corpo físico. Eles são comuns quando o médium se propõe a se tornar um canal de transmissão de mensagens para o plano espiritual. Os médiuns também podem apresentar solavancos na “entrada” e “saída” do espírito em seu corpo físico, apesar desse efeito não estar presente em todas as incorporações.
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Bocejos
Os bocejos são dos sintomas mais comuns de troca energéticas que presenciamos. Pessoas sensitivas costumam relatar o bocejo quando entram em contato com alguém ou algum lugar, isso é, quando realizam uma troca energética involuntária.
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Arrepios
Já entrou em um local e sentiu um arrepio inexplicável? Esse também é um sinal de troca de energia com o mundo espiritual e o médium na incorporação costuma sentir um ou mais arrepios resultantes dessa troca.
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Alterações de temperatura
Outra sensação comum relatada pelos médiuns é a troca de temperatura. Alguns sentem frio de súbito, outros sentem a temperatura do corpo subir muito depressa. Isso acontece pela alteração da pressão arterial resultante da incorporação.
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Formigamentos
Apesar de nem todo médium sentir esse efeito, é relatado que a dormência nas pernas, pés e/ou mãos pode acontecer durante a incorporação. Em alguns médiuns esse efeito é tão forte que o corpo todo fica dormente.
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Efeitos desagradáveis
Apesar de serem menos frequentes, alguns médiuns sentem durante a incorporação sensações desagradáveis como pressão no peito, tremores fortes, vômito e até perda de consciência. Essas sensações variam muito e são mais comuns em médiuns inexperientes que têm medo da incorporação ou então ao entrar em contato com espíritos de energia pesada/carregada.
Mudanças de humor e a incorporação
Apesar de existirem outros indícios, a mudança de humor é uma evidência que não pode ser desconsiderada. Os médiuns possuem a aura mais densa, justamente para permitir a aproximação dos espíritos e a comunicação. E um médium de incorporação tem a aura ainda mais espessa. Em função disso, é verdade também que um médium de incorporação é um alvo mais fácil para os assediadores, pois a resposta que o médium apresenta em relação à influência espiritual é muito forte.
“Um dos maiores escolhos da mediunidade é a obsessão, isto é, o domínio que certos Espíritos podem exercer sobre os médiuns, a eles se impondo sob nomes apócrifos e os impedindo de se comunicarem com outros Espíritos”
Um médium de incorporação vive cercado de espíritos, e sofre muito com isso. Quando essa habilidade não está sendo tratada, a vida desse médium pode ser desastrosa. Especialmente em função das mudanças repentinas de humor, a convivência com a família fica muito prejudicada. Muito. Sabe aquela pessoa que acordou bem, sorrindo, e dez minutos depois um detalhe qualquer já tira a pessoa do sério? Pois é. Quase sempre se trata de influência espiritual. A raiva e a agressividade também sempre aparecem, e é difícil explicar para quem convive com esse problema que aquela pessoa não tem, de fato, aquele comportamento, mas sofre um assédio espiritual violento. A pessoa acaba sendo taxada de louca, desequilibrada e o sofrimento é certo.
Por isso, é essencial que a mediunidade seja tratada e desenvolvida, para o bem do médium. Sem esse trabalho a vida da pessoa pode ser arruinada, já que todo o corpo físico e energético do médium é construído de forma diferenciada para suportar essa comunicação entre mundos. E quando essa máquina não é utilizada, começam as complicações.
É permitido exercer o livre-arbítrio em relação a mediunidade?
Essa também é uma dúvida muito comum. Se todos têm livre-arbítrio, podemos escolher não cumprir com a missão mediúnica? Sim. O livre-arbítrio alcança a mediunidade e a missão de vida, o propósito de uma consciência quando encarna. Mas há consequências. Infelizmente, o livre-arbítrio é um pouco mal compreendido, assim como também é a liberdade que possuímos (ou não) para tomar decisões e conduzir a nossa vida. Apesar das religiões serem tão opressoras, a ideia de que somos senhores completos do nosso destino está muito presente no pensamento espiritual atual. Ai de quem disser que não temos lá muito controle sobre o que nos acontece. Nessa hora, se esquecem de Deus, das hierarquias e de toda a espiritualidade, e tendem a pensar que a vontade e a energia de cada um é o suficiente para atingir os objetivos de vida e realizar desejos, o que não é completamente falso.
Pense em um cachorro, que está preso em um sítio. Ele tem autonomia, tem liberdade para tomar decisões, mas não todas. Ele só controla o que acontece dentro do sítio, e nem imagina que fora dele existe uma rua, uma cidade, um país e o mundo, e que outros cachorros vivem experiências totalmente diferentes das dele. O sítio é a nossa vida, pois, quando nascemos aqui, vamos enfrentar uma configuração familiar, financeira, física e social de acordo com as necessidades de crescimento e evolução que a nossa consciência precisa. Logo, parte do nosso livre-arbítrio fica lá na espiritualidade, quando concordamos com certos aspectos da nossa vida. Uma vez encarnados, há coisas que não mudamos e que, se tentarmos, vamos sofrer consequências. Com a mediunidade acontece isso: aceitamos que essa faculdade pode nos ajudar a evoluir e, portanto, aceitamos a missão de colocar esse “poder” em função do outro, para prestar assistência ao outro. E, quando reencarnamos, pouco podemos fazer a respeito.
É fato que ninguém vai colocar uma arma na sua cabeça e obrigar você a estudar e desenvolver a sua mediunidade, mas, se esse era o plano, a recusa em cumpri-lo vai complicar bastante a sua vida. O assédio vai ficar muito intenso, a vida social e familiar será prejudicada e as doenças vão aparecer. Primeiro, vem a depressão e a ansiedade, que aparecem tanto em função da perturbação espiritual quanto da sensação de que a vida não progride. Depois disso, qualquer outra doença pode aflorar, como, por exemplo, câncer e outros desequilíbrios físicos e mentais. Por isso, é mais fácil aceitar a missão e conseguir levar uma vida mais leve e feliz, do que lutar contra ela e enfrentar um sofrimento que pode durar toda uma vida.
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