Salmo 114 — Treme, terra, na presença do Senhor
Descrito em apenas 8 versículos, o Salmo 114 é um convite ao louvor e à celebração. Nele, Deus se manifesta por meio da natureza e suas transformações até então improváveis; um Deus capaz de suprir todas as nossas necessidades, materiais, emocionais e espirituais, mesmo quando tudo parece impossível.
Libertação e as maravilhas de Deus no Salmo 114
O Salmo 114 é bastante curto, mas muito intenso e altamente celebrador. Nele, algumas das maravilhas de Deus, bem como importantes transformações de Suas criações, são citadas, convidando o leitor a admirar, louvar e jamais se esquecer.
Quando Israel saiu do Egito, e a casa de Jacó de um povo de língua estranha,
Judá foi seu santuário, e Israel seu domínio.
O mar viu isto, e fugiu; o Jordão voltou para trás.
Os montes saltaram como carneiros, e os outeiros como cordeiros.
Que tiveste tu, ó mar, que fugiste, e tu, ó Jordão, que voltaste para trás?
Montes, que saltastes como carneiros, e outeiros, como cordeiros?
Treme, terra, na presença do Senhor, na presença do Deus de Jacó.
O qual converteu o rochedo em lago de águas, e o seixo em fonte de água.
Interpretação do Salmo 114
A seguir, desvende um pouco mais sobre o Salmo 114, por meio da interpretação de seus versículos. Leia com atenção!
Versículo 1 e 2 – Judá foi seu santuário
“Quando Israel saiu do Egito, e a casa de Jacó de um povo de língua estranha, Judá foi seu santuário, e Israel seu domínio”.
Quando o povo judeu deixou o Egito, onde eram escravos, houve uma onda de submissão ao Pai Eterno. E assim, os fatos do passado se tornaram um pilar para que as próximas gerações dessem conta de todas as maravilhas concedidas pelo Senhor.
Versículos 3 a 6 – Que tiveste tu, ó mar, que fugiste
“O mar viu isto, e fugiu; o Jordão voltou para trás. Os montes saltaram como carneiros, e os outeiros como cordeiros. Que tiveste tu, ó mar, que fugiste, e tu, ó Jordão, que voltaste para trás? Montes, que saltastes como carneiros, e outeiros, como cordeiros?”
Aqui, o salmista faz uma alusão à abertura do Mar Vermelho, a passagem de seu povo através do Rio Jordão, e ao envio dos Mandamentos no Monte Sinai. Diante desses fenômenos, o salmista descreve acontecimentos impensáveis da natureza, com a intenção de levar o fiel a sentir o Senhor em suas entranhas.
Toda a natureza celebra com alegria o prenúncio da Salvação. Em seu hino, o salmista tem o desejo que todos possam louvar o amor de Deus, acima de milagres e da própria Criação.
Versículo 7 – Treme, terra, na presença do Senhor
“Treme, terra, na presença do Senhor, na presença do Deus de Jacó”.
Não por medo, mas por reverência, a terra treme. Aqui, há uma forma de reconhecer que o responsável pela Criação, também pode modificar a tudo e a todos. Deus age em todas as vertentes: individuais, coletivas, sobre a terra, céus e mares.
Versículo 8 – O qual converteu o rochedo em lago de águas
“O qual converteu o rochedo em lago de águas, e o seixo em fonte de água”.
Aqui, o Salmo 114 finaliza com um aviso de que Deus é capaz de agir para transformar, libertar e criar até mesmo o impensável. A partir do momento em que nos lançamos em oração e louvor, com intenção e fé, nossa vida e a de todos aqueles que dela fazem parte, transformam-se, de rochedos, em lago de águas, para que fluam e permitam que novas vidas e horizontes sejam gerados.
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