Salmo 123 — A ti levanto os meus olhos
Ainda que o Salmo 123 se assemelhe a uma oração particular, temos aqui um pedido para que Deus conceda a justiça a todos aqueles que vivem à margem; são desprezados e humilhados pelos soberbos.
Ainda que a crueldade do homem possa enxergar essa súplica com desdém, não devemos nos envergonhar de olhar para os céus e conversar com Deus, com gentileza e coração aberto.
Salmo 123 — Olhos atentos no Senhor
As palavras do Salmo 123 nos remetem a um momento de súplica e lamentação; não apenas por parte do salmista, mas em nome de todo um povo humilde que sofre com as humilhações e desigualdades de seus senhores.
Este Salmo até possui uma certa conotação história, mas seu contexto permanece atual, válido para toda e qualquer situação de opressão social.
A ti levanto os meus olhos, ó tu que habitas nos céus.
Assim como os olhos dos servos atentam para as mãos dos seus senhores, e os olhos da serva para as mãos de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o Senhor nosso Deus, até que tenha piedade de nós.
Tem piedade de nós, ó Senhor, tem piedade de nós, pois estamos assaz fartos de desprezo.
A nossa alma está extremamente farta da zombaria daqueles que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos.
Interpretação do Salmo 123
A seguir, desvende um pouco mais sobre o Salmo 123, por meio da interpretação de seus versículos. Leia com atenção!
Versículos 1 e 2 – A ti levanto os meus olhos
“A ti levanto os meus olhos, ó tu que habitas nos céus. Assim como os olhos dos servos atentam para as mãos dos seus senhores, e os olhos da serva para as mãos de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o Senhor nosso Deus, até que tenha piedade de nós”.
O Salmo 123 tem início como uma oração pessoal, mas que manifesta seu querer por todo o seu povo. Enquanto o salmista levanta seus olhos para falar com Deus, os servos baixam a cabeça e olham para as mãos de seus senhores com medo e desconfiança.
Aqui vemos toda a liberdade que o salmista tem em se comunicar com o Pai; e faz isso por se sentir limpo e digno. Enquanto isso, os servos seguem inseguros, com receio de serem punidos.
Versículos 3 e 4 – Tem piedade de nós, ó Senhor
“Tem piedade de nós, ó Senhor, tem piedade de nós, pois estamos assaz fartos de desprezo. A nossa alma está extremamente farta da zombaria daqueles que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos”.
Ainda que um olhe para os céus e os demais recuem, o salmista ora por todos aquele que vivem oprimidos pela injustiça e a desigualdade. Suplicando ao divino, o salmista clama por compaixão, misericórdia e justiça.
Deus derrama seu amor preferencial pelos pobres e aflitos; e abençoa aquele que é generoso, solidário, ama e luta pelos direitos dos que não têm posses.
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