Salmo 141 — Senhor, a ti clamo, escuta-me
Assim como acontece com os três salmos anteriores, o Salmo 141 traz uma combinação entre pedidos por proteção contra seus inimigos, e louvores. Aqui, o salmista deseja, mais que tudo, se ver livre das tentações e das armadilhas colocadas em seu caminho.
Salmo 141 — Manter-se íntegro, sempre
Neste salmo, a lição principal nos leva a aprender sobre integridade. Nem sempre temos as melhores escolhas, ou manifestamos sentimentos louváveis. Entretanto, em momentos como estes, sempre teremos formas de recorrer ao Senhor, para que ilumine nosso caminho, e nos livre das armadilhas dos perversos.
Senhor, a ti clamo, escuta-me; inclina os teus ouvidos à minha voz, quando a ti clamar.
Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.
Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios.
Não inclines o meu coração a coisas más, a praticar obras más, com aqueles que praticam a iniquidade; e não coma das suas delícias.
Fira-me o justo, será isso uma benignidade; e repreenda-me, será um excelente óleo, que não me quebrará a cabeça; pois a minha oração também ainda continuará nas suas próprias calamidades.
Quando os seus juízes forem derrubados pelos lados da rocha, ouvirão as minhas palavras, pois são agradáveis.
Os nossos ossos são espalhados à boca da sepultura como se alguém fendera e partira lenha na terra.
Mas os meus olhos te contemplam, ó Deus o Senhor; em ti confio; não desnudes a minha alma.
Guarda-me dos laços que me armaram; e dos laços corrediços dos que praticam a iniquidade.
Caiam os ímpios nas suas próprias redes, até que eu tenha escapado inteiramente.
Interpretação do Salmo 141
A seguir, desvende um pouco mais sobre o Salmo 141, por meio da interpretação de seus versículos. Leia com atenção!
Versículos 1 e 2 – Senhor, a ti clamo, escuta-me
“Senhor, a ti clamo, escuta-me; inclina os teus ouvidos à minha voz, quando a ti clamar. Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde”.
Em associação ao salmo anterior, aqui o salmista clama ao Senhor; entretanto, não espera que seu pedido seja apenas uma súplica em desespero, pois deseja expressar aqui sua adoração — comparando-a ao incenso, uma forma de simbolizar louvor em meio ao templo.
Versículos 3 a 5 – Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca
“Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios. Não inclines o meu coração a coisas más, a praticar obras más, com aqueles que praticam a iniquidade; e não coma das suas delícias.
Fira-me o justo, será isso uma benignidade; e repreenda-me, será um excelente óleo, que não me quebrará a cabeça; pois a minha oração também ainda continuará nas suas próprias calamidades”.
Aqui, o salmista pede ao Senhor para que continue trilhando o caminho certo, da perseverança e da justiça. Suplica para que Deus jamais o deixe ceder ao mal, deixar-se seduzir pelos caminhos tortuosos.
Afinal, a partir do momento em que decidimos trilhar os ensinamentos do Senhor, automaticamente diversas armadilhas são postas à nossa frente, por nossos inimigos — ou mesmo a sociedade de um modo geral.
O conselho ao dizer “fira-me o justo”, se refere a repreensão dos atos abomináveis por outra pessoa de bem; outro ser de luz, em que confiamos e que nos escuta.
Versículos 6 a 10 – Não desnudes a minha alma
“Quando os seus juízes forem derrubados pelos lados da rocha, ouvirão as minhas palavras, pois são agradáveis. Os nossos ossos são espalhados à boca da sepultura como se alguém fendera e partira lenha na terra. Mas os meus olhos te contemplam, ó Deus o Senhor; em ti confio; não desnudes a minha alma.
Guarda-me dos laços que me armaram; e dos laços corrediços dos que praticam a iniquidade. Caiam os ímpios nas suas próprias redes, até que eu tenha escapado inteiramente”.
Nestes versículos, temos uma certa alteração no foco da mensagem. Enquanto nos versículos anteriores o salmista clamava por proteção contra seus próprios possíveis deslizes; aqui ele diz que, mesmo enquanto o mal continuar assolando a terra, ele continuará orando — pois o julgamento é inevitável.
Os ímpios serão castigados de acordo com suas perversidades e, diante disso, o salmista pede para que Deus não o desampare, mesmo quando a morte lhe é certa. E ora, clamando pela queda daqueles que tentam atingi-lo.
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