O suicídio: uma visão espiritual
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
O suicídio é pouco comentado na vida cotidiana e até na sociedade no geral, mas bastante lembrado nos meios da espiritualidade, principalmente dentro do espiritismo e, também, da umbanda.
Esse ato, que às vezes ocorre em segundos, pode atrapalhar uma evolução de até séculos do espírito e em alguns casos, inclusive de pessoas próximas. Portanto, nesse artigo, irei falar sobre as repercussões desse fato tão ilusório quanto o sofrimento eterno.
A ação de tirar a própria vida é um auto engano, primeiramente porque a vida continua; segundo porque os “problemas” e dilemas não irão passar, aliás, podem até piorar. Também, porque gera muito mais sofrimento do que se imagina, tanto ao desencarnado, quanto aos seus que ficaram em “vida”.
No livro psicografado pelo espírito Camilo Castelo Branco – “Memórias de um suicida”, Camilo relata sua jornada pós suicídio. Lá ele acaba por narrar, também, o caminhar de outros espíritos, na mesma situação. E, nesse mesmo livro, ele comenta o qual doloroso é se ver vivo após tentar se livrar da própria vida, e o quanto torturante é, ficar sentindo e relembrando durante anos os momentos do ato brutal. Isto é, além de continuar sentindo as dores emocionais e mentais, passa-se a sentir piedosamente a dor dos ferimentos causados por si mesmo.
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Os corpos além do físico e seus “sentidos”
O nosso corpo, além de carne e osso, é feito de energias, de corpos mais sutis, corpos esses ligados ao físico, através de cordões energéticos.
O nosso corpo vital (aura) é a cópia do nosso físico e é dotado de memória, memória de tudo o que se passa em vida, seja em plano psicológico ou carnal.
Ao desencarnarmos, segundo os planos divinos ou até nossos antes de virmos para a Terra, o sentido natural é o nosso corpo energético (vital), se desconectar com o físico logo após a “morte”. Fazendo com que não se sinta mais o corpo físico. Junto disso, geralmente, exceto alguns casos, o espírito é direcionado a alguma colônia ou cidade/espiritual.
Contudo, em casos de suicídio, como a vida é retirada de forma brusca, e pelo fato de o espírito acabar desencarnando em uma fase perturbada, ele acaba por não se desvincular desse corpo. Fazendo com que sinta a sua carne sendo comida por vermes, sua respiração ser abafada e assim por diante. Fora as dores que passa a sentir.
Planejamentos futuros
Antes de encarnarmos (vir para a Terra), fazemos um planejamento daquilo que precisamos melhorar em vida, dos possíveis caminhos a serem tomados, de projetos a serem vividos. E, logo após a volta ao mundo astral, fazemos o mesmo, mas agora com os possíveis caminhos a serem tomados no astral ou em uma nova encarnação. Todavia, para o suicida, não restam muitos caminhos, a não ser passar por duras expiações e/ou recuperar-se do desastre e planejar, mais adiante, uma nova existência para então “recuperar” o desequilíbrio estabelecido e seguir com seus planos evolutivos.
É claro que o ato de suicidar-se deve trazer algum ou muito aprendizado ao espírito, mas, conforme relatos de próprios espíritos que já passaram pela situação, eles jamais fariam novamente se soubessem o que iriam passar e, todos se arrependem, uma hora ou outra. Até porque, nenhuma ilusão ou sofrimento é eterno. Estamos fadados ao amor, a consciência e a individuação, à evolução, no sentido mais espiritual da palavra.
Por fim, deixo a sugestão do livro “Memórias de um suicida” da médium Yvonne do Amaral Pereira e o “Livro dos espíritos” de Allan Kardec.
E você, já pensou, pensa ou conhece alguém que esteja pensando e passando por provações a ponto de querer tirar a própria vida? Se sim, lembre-se de que a vida continua, e de que Deus nunca entrega provações das quais não podemos suportar. E mais, se estamos passando por momentos tão difíceis, é porque escolhemos.
Ademais, concluo comentando de que, sempre que existe uma dor, é porque também existe a sua transformação, se não a diante, logo à nossa frente.
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