Tarô Terapêutico: muito mais que um oráculo, uma chave para a cura
O tarô propriamente dito, se iniciou na realidade como uma atividade recreativa de entretenimento e, aos poucos, foi ganhando espaço como foco de estudos e seriedade. Desde então, a prática passou a evoluir e foi aplicada de diversas formas e metodologias, sendo uma delas a finalidade terapêutica.
Neste caso, além do seu status oracular e habilidade de previsões, o tarô é aplicado em outra modalidade de estudo; o estudo de si próprio como ferramenta para o autoconhecimento, de modo a entender melhor as situações e as pessoas ao redor.
A história do Tarô Terapêutico
Para entender como essa modalidade surgiu é preciso voltar cerca de 20 anos na história, onde na década de 80 um grupo de psicólogos americanos desafiava as linhas mais ortodoxas da profissão, dando início de maneira muito reservada a uma pesquisa que incluía o uso do tarô e a imagem de seus arcanos no tratamento de pacientes.
A pesquisa consistia em estimular nos pacientes a livre associação a partir de uma carta aleatória ou propositalmente escolhida. A proposta por trás dessa escolha era que houvesse uma conexão inconsciente entre a imagem da carta escolhida e conteúdos reprimidos nos enfermos. A experiência foi muito bem sucedida, sendo possível traçar um perfil muito mais profundo sobre os pacientes e suas histórias.
Desde então, a aplicação terapêutica do tarô se aprimorou e expandiu em outras modalidades. O uso na psicologia continuou a ser empregado por muitos profissionais que acreditam seus símbolos podem ser importantes veículos de comunicação entre o consciente e o inconsciente humano; assim cada imagem arcana é capaz de carregar e exteriorizar conteúdos até então escondidos na psique dos próprios pacientes.
A atual aplicação do tarô terapêutico
O tarô é usado hoje na associação dos arcanos a diversas essências de florais; desse modo é possível utilizá-lo para identificar o momento psicoemocional em que a pessoa se encontra e, através dessa identificação, elaborar a receita floral adequada.
É comum também o uso do tarô na interpretação de sonhos. Apesar da aparente simplicidade em apenas estabelecer uma relação entre os arcanos e o conteúdo simbólico dos sonhos, o seu uso é um pouco mais profundo e segue os mesmos princípios da psicologia onde, através dos símbolos arcanos, se busca uma compreensão do momento psíquico vivido pelo paciente.
Outras técnicas não tão novas, mas que se popularizaram, incluem a utilização do tarô como instrumento de meditação, em que um usuário das lâminas reflete sobre seu momento para alcançar a clareza interior, e o uso do tarô como arte terapia, onde busca-se um relacionamento mais profundo com as emoções e, de forma a atenuar as tensões, o usuário é orientado a pintar seu baralho.
O tarô tem ainda um longo caminho de evolução pela frente: hoje já vemos essa arte como algo mais que um simples oráculo, mas sim como um meio de enxergarmos o futuro, relembrarmos o passado e unir ambos em um autoconhecimento presente.
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