Umbanda: o que são os guias?
Na Umbanda existe algo que chamamos de “guia”, porém muitas pessoas confundem essa palavra com os seus dois significados. Hoje vamos tratar dos dois significados dos guias da umbanda e a diferença e usos entre eles.
Umbanda: os guias espirituais
O primeiro significado de guia é aquele dos guias espirituais. Não são geralmente Orixás ou grandes entidades, pois estas não são tão difusas para várias encarnações nos terreiros.
Na verdade, os guias são sobretudo os falangeiros (ou seja, que fazem parte das falanges das entidades), e estes encarnam os médiuns durante os cultos de Umbanda. Estes guias, em sua grande maioria, são espíritos de antepassados que se encontram nas portas do plano espiritual ou dentro dele. Podem ser da família do médium ou da pessoa revisitada.
Eles nos ajudam a entender os mistérios da vida e a se aprofundar na Umbanda, como forma de vida e de destino. Eles – literalmente – nos guiam através da religião, nos ajudando numa evolução e desenvolvimento espirituais.
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Umbanda: os guias como adereços
O segundo significado de guia é como adereço. Os vários colares e contas da Umbanda também são chamados de guias e, às vezes, podem confundir as nossas cabeças. Há quem ache que “passar o guia” signifique encarnar um espírito de um em outra pessoa. Quando, na verdade, é apenas trocar os colares.
Estes guias, que usamos como adereços nos rituais de Umbanda, possuem uma origem muito antiga. Desde os povos africanos, as contas já se mostravam antigas.
Segundo a tradição oral, antigamente usava-se contas de ossos de animais, crinas e cabelos. Estes serviam para afastar os animais que queriam fazer mal a uma determinada sociedade. Hoje, vemos estes guias como amuletos de proteção. Os cabelos não são mais utilizados, entretanto ainda se usam muitos dentes de animais e pedaços de ossos, mesmo que algumas entidades o proíbam.
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Umbanda: os dois guias
Assim, vemos que o guia espiritual nos guia através da religião e de seus preceitos, nos ajudando a sermos seres melhores, enquanto o guia como adereço nos faz umbandistas, com o traje e toda a fé que precisamos.
Ambos simbolizam uma proteção. O primeiro como uma forma de prevenção para as coisas futuras e, o segundo, como forma de segurança para os espíritos do presente.
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