A visão espiritual da Gira de Umbanda – saiba o que acontece!
Um médium clarividente ou incorporante é capaz de descrever a visão espiritual da Gira de Umbanda, você conhece esse lado da Gira? Veja abaixo.
O outro lado da Gira de Umbanda
O texto abaixo foi adaptado da narração de Pai Zuluá de Aruanda.
O templo está tranquilo, os médiuns ainda estão chegando e arrumando o espaço para a gira. Uns se organizam na cozinha, outros limpam o chão sagrado com ervas, o Sacerdote firma o Congá e demais assentamentos, tudo dentro da rotina normal. Alguns minutos depois, sente-se a movimentação no lado espiritual.
Alguns cavaleiros em cavalos brancos de grande porte (bem maiores do que cavalos físicos) aproximam-se vindos da rua, que apesar de não ser normal esse tipo de escolta, não havia nada de errado. Abre-se um portal na entrada do Templo, por onde os Guardiões e Guardiãs começam a chegar e tomar seus postos.
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A energia do Guardião Chefe
Logo depois chega o Guardião Chefe, cumprimenta a todos e entra no templo com uma companheira e outros dois companheiros. Ele vai até cada um dos médiuns para verificar se está tudo dentro da normalidade. Nos médiuns em que ele sente alguma fraqueza emocional, irradia uma energia de cor vermelho claro e a aura desses médiuns permanece vibrando essa cor. Depois, a energia é absorvida, fortalecendo-os. Todos então passam a se sentir mais animados.
O Guardião Chefe então se dirige à Tronqueira, onde está o seu médium, o Sacerdote do Templo. Ele então diz que sente que coisas estranhas poderiam acontecer naquela noite, mas que não havia motivos para preocupação pois estava tudo sobre controle.
A sensação dos médiuns
Com o passar do tempo os médiuns começam a sentir uma energia diferente no ambiente, uns manifestam sono, outros irritação, sensações que não são comuns, mas como a energia do lugar era estranha, essas sensações apareceram. Todos ficam à espera da manifestação dos Pretos-Velhos.
A Pombagira irradiava sua vibração na consulência. Apesar de um outro demonstrar tormentos emocionais ou psíquicos, a maioria estava em excelente estado espiritual, dispostos e abertos a exercer sua espiritualidade.
Abre-se o Juremá – etapa litúrgica de abertura
Os sacerdotes tocam a sineta e uma clarão aparece sobre as velas acesas ma mesa. A partir dessa luz forma-se uma esfera que absorve os pensamentos e vibrações de todos, formando uma corrente mediúnica. De dentro dessa esfera sai um cordão de luz que se liga ao chakra frontal do sacerdote. É através desse cordão que ele é informado sobre o estado espiritual e emocional de todos os presentes.
O sacerdote inicia sua missão falando sobre a linha de trabalho da noite e sobre a auto iluminação. Todos ouvem com atenção e prazer, começando o processo de reflexão que orientará o trabalho dos guias espirituais.
Os Pretos Velhos aparecem
Logo após a abertura do Juremá, os Pretos Velhos se apresentam ao lado de cada um dos médiuns. O Guia Chefe então incorpora no Sacerdote e o ponto riscado na Força dos Guardiões dispara um clarão do seu centro junto de um disco que gira a um metro de altura. As energias densas presentes na consulência são atraídas para o disco como se fosse um grande imã. Aos poucos, os guias vão incorporando em seus médiuns, seguindo as vibrações emanadas pela curimba.
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Começam os atendimentos
Os atendimentos começam a acontecer dentro da normalidade. A médium Bernardete desenvolveria um trabalho sem nem mesmo saber. À medida que o Preto Velho dela atendia, um ou outro obsessor aparecia. Depois de cada atendimento, os obsessores se mantinham ao lado dela, amarrados. Os cascões e demais dejetos energéticos eram jogados dentro de um saco grande ao seu lado. Algo estava para acontecer.
A presença de espíritos decaídos
Em um determinado momento, o ponto riscado do lado direito da porteira interna começou a irradiar uma luz muito intensa na cor azul escuro, formando um grande portal. Desse portal começaram a chegar muitos espíritos machucados, dilacerados, revoltados, dementes. Eles se reuniram no centro do salão, e os médiuns sentiram uma energia muito pesada no ambiente. Então, 3 dos cavaleiros que estavam do lado de fora, entraram no salão, com um toque de um ponto cantado de Ogum.
Eles rodearam os espíritos decaídos com correntes grossas no chão, essas correntes formaram um grande círculo no chão que abriu outro portal que os recolheu. Todos esses movimentos foram supervisionados pelo espírito guia responsável pelo socorro espiritual.
A última atuação na Gira
A médium Bernardete, após a desincorporação do Preto Velho, sente a presença do Exu Gira Mundo, mas ela tenta fingir que não é com ela. Entretanto, ele vence sua defesa e a incorpora, estabilizando sua energia e repondo o que foi eliminado ao longo dos atendimentos que ela fez durante aquela noite. Ao desincorporar, ele acorrenta todos os espíritos que estavam à volta dela, recolhe tudo e vai embora, deixando o ambiente da Gira de Umbanda tranquilo.
É o fim da Gira de Umbanda. Todos já desincorporaram, a energia estabiliza, é leve e fluida.
Pai João se despede de todos com um grande Saravá.
Este artigo foi inspirado nesta publicação e adaptado ao Conteúdo WeMystic
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