Viva melhor! Aprenda a confeccionar a sua própria Mandala
Derivada do sânscrito, a palavra Mandala significa “círculo”, o símbolo do cosmos. Diante dessa forma, presente nas abrangências e sutilezas, podemos trabalhar todas as nossas aflições e desejos para estabelecer a harmonia espiritual. E então, já pensou que incrível seria criar sua própria Mandala? Confira nossas dicas para expressar toda a sua essência e se aperfeiçoar a cada dia.
Aprenda a confeccionar a sua própria Mandala
Ainda que se encontre uma grande variedade de Mandalas para serem adquiridas em feiras de artesanato ou lojas de artigos esotéricos, o aconselhável é que cada amuleto, por assim dizer, seja produzido pelas próprias mãos que quem deseja tê-lo. Afinal, a criação de uma Mandala pessoal o permitirá conhecer melhor a si mesmo, além fortalecer potenciais e nos auxiliar a vencer medos e bloqueios impostos pela vida.
“O desenho de uma Mandala reflete muito do que se passa dentro de cada um de nós. Criá-la é uma oportunidade de reconhecer, perceber e compreender a si mesma.” — Mary Porto
É importante que você esvazie completamente sua mente e deixe o mundo exterior para depois. Ao criar sua própria Mandala, esse processo terapêutico o levará de volta à sua essência, e cada cor ou forma que sair do movimento de suas mãos, terá um significado somente seu.
Por vezes, os desenhos que suas mãos transmitirem para o papel ou qualquer outro material, podem significar momentos conflitantes pelos quais esteja passando atualmente; já as cores escolhidas podem se mostrar como influências dos estados mentais de cada um dos envolvidos em tais conflitos.
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Como fazer sua própria Mandala?
Se você deseja aprender a fazer sua própria Mandala, é preciso entender que esse é um instrumento energético, e sua confecção vai muito além se apenas desenhar formas geométricas aleatórias.
Criar sua própria Mandala envolve um certo processo criativo e energético; essa é uma jornada muito pessoal e intuitiva. Quando você cria sua Mandala, acaba se envolvendo em um verdadeiro ato de meditação dinâmica.
Ao tocar e chamar as diferentes cores e padrões dentro do seu círculo sagrado, você também procura revelar verdades tanto do cosmos quanto daquelas dentro do seu próprio espírito. Por isso, antes de mais nada, é preciso criar um processo especial para começar a confecção:
Escolha dos materiais
A escolha dos materiais é importante, afinal vamos levar em conta que uma Mandala pode ser confeccionada com praticamente qualquer material que desejar: fios, galhos, vidro, esculpida em rochas ou cristais; até mesmo barro e areia podem ser utilizados.
Escolha os materiais que mais combinarem com o espaço que deseja colocá-la e que estejam de acordo com suas intenções. Cada material tem afinidades energéticas diferentes. Se for sua primeira Mandala, é recomendado que não tente fabricá-la diretamente com os materiais finais. Faça um desenho inicial com o auxílio de uma régua, um compasso, um lápis preto simples, alguns lápis coloridos e claro, uma folha de papel em tamanho adequado.
Crie um espaço energético
Essa é uma parte importante. Quando estiver confeccionando sua Mandala, é preciso criar um espaço que lhe permita se concentrar e relaxar adequadamente — pense nesse local como um espaço sagrado de meditação.
Acenda algumas velas aromáticas ou um incenso que goste. Coloque uma música relaxante, trabalhe com o que lhe deixar mais confortável, seja com aromaterapia ou a presença de cristais.
O importante é ter um ambiente que faça se sentir à vontade para se concentrar e criar. Lembre-se que suas roupas também fazem parte desse local e devem ser o mais confortáveis possível.
Relaxe e abra a sua mente
Mais uma vez vamos lembrar que esse é um processo criativo, mas muito relacionado a meditação e a viagem interior. Assim, antes de começar sua Mandala, reserve um momento para meditar e acalmar a mente. Um bom exercício respiratório meditativo é uma excelente escolha.
Determine seu círculo
O círculo é a parte mais evidente de uma Mandala, então o mais fácil seria começar a imaginar como deseja sua forma circular. Comece por aí, mas não deixe de prestar atenção em todas as formas e cores que forem surgindo em sua mente nesse processo. Deixe que essa base de sua Mandala surja naturalmente.
Encontre sua inspiração
Descubra o que te inspira e te motiva. Encontre sua musa, perceba qual sentimento ou pensamento deve guiar o tema da sua Mandala. É aqui, inclusive, que surgirá de maneira mais concreta as formas e ideias que irão preencher sua Mandala. Tente sintonizar sua mente e suas emoções para que as cores e símbolos possam surgir.
Nomeie sua Mandala
Uma Mandala é também uma obra de arte pessoal, por isso é importante que você dê a ela um nome ou título. Isso cria um toque mais pessoal e te ajuda a se conectar com sua nova criação.
Para essa nomeação talvez uma palavra ou frase venha até você naturalmente, ou você pode pedir inspiração ao Universo. Não se esqueça também de anotar a data de criação da Mandala.
Reflita sobre a sua Mandala
Essa é a última etapa do processo e ocorre somente após concluída sua nova Mandala. Reserve esse momento para respirar e observar o resultado. Veja se existem padrões como cores ou formas predominantes, por exemplo. Algum deles simboliza algo para você?
Essa etapa é importante para entender de que forma você está conectado a essa Mandala e como ela irá funcionar para você particularmente. Ela reflete o que há dentro de si e seu estado pessoal no momento de criação.
Caso crie mais de uma Mandala, é interessante criar um diário para entender o que vem mudando dentro de si a cada processo de criação.
Existem aqueles que optam por uma Mandala não permanente, feitas de pétalas e pedras, por exemplo, que podem ser modificadas diariamente se assim desejar. Para esses casos o diário é ainda mais importante e deve ser acrescido de um registro fotográfico.
Treinamento para confeccionar sua Mandala
Antes de confeccionar uma Mandala definitiva, é possível treinar um pouco em um pedaço de papel para compreender melhor suas formas e métodos de confecção. Para isso basta utilizar o mesmo materiais mencionados anteriormente: uma régua, um compasso, um lápis preto, alguns lápis coloridos e uma folha de papel.
Comece desenhando um círculo que ocupe boa parte do papel, com o auxílio do compasso. Em seguida, divida o círculo em aproximadamente 16 partes iguais, como uma grande pizza, fazendo linhas suaves.
Agora com um lápis bem apontado, faça três círculos bem ao centro do círculo principal da Mandala. Os círculos ficarão um dentro do outro, sendo o menor bem próximo ao centro. Esses círculos devem ter linhas mais definidas e não devem ser muito grandes.
É preciso ter a sensação de que todos os 3 estão posicionados mais ao centro do grande círculo da Mandala. Imagine que existe uma linha que vai do centro até o limite da Mandala; os círculos menores não devem extrapolar cerca de um terço desse comprimento.
O próximo passo é bem simples, mas exige um pouco de habilidade. Você deve desenhar duas fileiras de arcos ao redor dos círculos, usando aquelas primeiras linhas mais leves (que criaram algo parecido como uma pizza) como um guia para garantir simetria.
Agora entre cada arco podemos desenhar formas de pétalas, como pétalas de rosas, até que preencha toda a volta do círculo. Continue desenhando até que todo o círculo esteja preenchido.
Tenha alguns cuidados como alternar as formas das pétalas para dar um toque mais pessoal. Você pode adicionar listras mais grossas, sombras ou listras diversas, desde que tudo tenha sua devida simetria. A complexidade da Mandala irá evoluir conforme faz mais delas e consegue conectar seu interior à construção.
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