Você sabe o que é musicoterapia? Descubra neste artigo!
A música está cada vez mais presente em nossas vidas. Com a tecnologia, a possibilidade de gravar e editar, os dispositivos eletrônicos e os serviços de streaming, as músicas tornaram-se um item indispensável em nosso cotidiano. Mas, você sabia, que além de proporcionar diversão e bem-estar a música pode ser utilizada como terapia? A musicoterapia é um processo terapêutico que usa a música para o tratamento de seus pacientes. Ela pode trazer diversos benefícios para saúde, além de melhorar o humor, a concentração e o raciocínio lógico.
A musicoterapia é feita por um híbrido entre arte e saúde e estimula a comunicação, a expressão e o aprendizado. Este tratamento pode ser usado em qualquer área que houver demanda, seja para promover saúde, para reabilitação, prevenção de alguma patologia, ou simplesmente para melhorar a qualidade de vida. Além da musicoterapia individual, ela também pode ser comunitária e social, empoderando grupos e possibilitando engajamento e organização para indivíduos que vivam alguma experiência juntos.
De acordo com a Federação Mundial de Musicoterapia “a musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e restabelecer as funções do indivíduo para que ele possa alcançar uma melhor integração intra e interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida”. No Brasil, existem em torno de 10 instituições de ensino superior que oferecem curso Bacharel (graduação) ou Especialização (lato senso) em Musicoterapia.
Como funciona a musicoterapia?
A terapia com música caracteriza-se por encontros regulares, que podem ser semanais ou quinzenais, em um local determinado. O encontro é feito entre paciente e terapeuta, podendo também ser realizado em grupos. De modo geral, a musicoterapia acontece em um local chamado de setting musicoterapêutico. No setting, estão dispostos alguns instrumentos musicais e há momentos em que pacientes tocam e outros em que o musicoterapeuta toca, ambos fazem produções sonoras.
Muitas pessoas acham que o musicoterapeuta ensina seus pacientes a tocar instrumentos, mas isso não é verdade. Este profissional é um terapeuta e não um professor de música. Seu objetivo não é montar bandas ou corais com seus clientes, a não ser que este formato faça parte de um determinado processo terapêutico.
A Musicoterapia acontece de maneira não verbal, todo diálogo é feito através das sonoridades impressas no ambiente. O musicoterapeuta pode trabalhar em clínicas de reabilitação, psiquiátricas, escolas regulares e especiais, clínicas geriátricas, clínicas particulares, empresas e instituições públicas.
De acordo com Benenzon (1988), estudioso e percursor da musicoterapia, este tratamento tem como objetivo abrir canais de comunicação no ser humano, a fim de estabelecer efeitos terapêuticos, psicoprofiláticos e reabilitação no mesmo sujeito e na sociedade. Neste momento, o sujeito passa a ser um todo e não partes, um olhar para o biopsicossocial.
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Os benefícios da musicoterapia
A terapia com música incita o bom humor, traz mais disposição e consequentemente, reduz o stress, ansiedade e depressão. Além disso, proporciona os seguintes benefícios:
- Desenvolve a expressão corporal;
- Melhora a capacidade respiratória;
- Estimula a coordenação motora;
- Promove o controle da pressão arterial;
- Causa alívio de dores de cabeça;
- Ameniza distúrbios de comportamento;
- Ajuda nas doenças mentais;
- Promove qualidade de vida;
- Auxilia em tratamentos contra o câncer;
- Ameniza dores crônicas.
A musicoterapia tem sido utilizada cada vez mais em hospitais, escolas, lares de idosos e por pessoas que possuem necessidades especiais. Também pode ser usada durante a gravidez, para acalmar e trazer bem-estar para os bebês, e na terceira idade. É importante ressaltar que essa terapia deve ser conduzida por um profissional especializado como musicoterapeuta.
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Os efeitos causados pela musicoterapia no organismo
A música causa efeitos em uma região do cérebro que é responsável pelas emoções, gerando assim, motivação e afetividade, além do aumento da liberação de endorfina – uma substância produzida pelo corpo que traz a sensação de prazer. Este resultado ocorre porque o cérebro responde de maneira natural quando escuta uma canção. Por isso, a música pode ser usada como forma de tratamento, garantindo uma vida mais saudável e prazerosa.
Uma pesquisa divulgada em 2014, na revista PLoS One, observou como o cérebro se comporta quando está sob o efeito da música. Neste estudo, os pesquisadores colocaram músicos de jazz tocando seus instrumentos, enquanto faziam ressonância magnética do cérebro dos mesmos. Essa prática mostrou quais partes do cérebro se acendiam quando os músicos estavam tocando.
Ao verificar que diversas regiões foram ativadas, os pesquisadores pediram aos músicos que improvisassem em conjunto. Essa atividade os permitiu constatar que o cérebro, quando os músicos improvisam uma música em conjunto, funciona de uma maneira similar à quando estamos conversando oralmente com outra pessoa.
Essa descoberta passou a servir de respaldo para a musicoterapia e seus inúmeros benefícios para os processos de comunicação, uma vez que as áreas comunicativas que se acendem quando conversamos, reagem igual quando estamos tocando um instrumento com outra pessoa.
Além disso, a música é capaz de ativar diversas regiões do cérebro que são responsáveis pela memória, como o hipocampo. Isso permite que possa ser usada de forma terapêutica em pacientes que possuem doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
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