O que é FoMO? Conheça a síndrome ligada ao uso das redes sociais
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O vício em redes sociais pode gerar vários problemas como ansiedade, alteração de humor e, em alguns casos, até mesmo depressão. Olhar o Instagram a cada cinco minutos ou ir a um evento pensando nos posts que vai fazer não é algo natural. Se você reconhece estes sintomas, pode estar sofrendo com o FoMO. A sigla que significa “Fear of Missing Out“, ou medo de perder algo em português, tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores.
A síndrome foi abordada pela primeira vez em 2000 e os sintomas principais de quem sofre com o vício em redes sociais são angústia, mau humor e até doenças mais graves como ansiedade e depressão. De acordo com os especialistas, a FoMO é identificada especialmente em jovens e adultos de até 34 anos de idade, mas pode atingir qualquer pessoa. Neste artigo, saiba mais sobre a síndrome e descubra como é possível trata-la.
“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença”
Afinal, o que é FoMO?
O FoMO foi citado inicialmente por Dan Herman, em 2000, e definido anos depois por Andrew Przybylski e Patrick McGinnis como o medo de que as outras pessoas tenham vivências que você não tem. Este receio incentiva o usuário das redes sociais a ficar sempre conectado para saber sobre tudo e compartilhar suas experiências com os outros.
Segundo pesquisas psiquiátricas, essa angústia social é causada especialmente porque a relação dos usuários com a tecnologia ainda é imatura. As ostentações realizadas em redes sociais, onde a maior parte das pessoas publica apenas momentos de realização e felicidade, além dos slogans que incitam que “você não pode perder”, colaboram para síndromes como o FoMO.
Como fazer o diagnóstico do FoMO?
Para realizar o diagnóstico de uma pessoa que possui FoMO, assim como para outras síndromes, é necessário buscar a ajuda de um especialista e, neste caso, de um psicólogo. Porém, alguns sintomas mais evidentes podem ser notados pelo próprio usuário ou pelos familiares e amigos.
Quando tem medo de perder algo no ambiente virtual, o internauta desenvolve a necessidade de sempre se atualizar nas redes sociais, ficando ciente do que os outros estão fazendo. Aceitar todos os convites para eventos e, no local, não tirar os olhos do celular também pode ser um sintoma.
Muitas vezes, pessoas que tem FoMO ficam mais distraídas ao conversar pessoalmente com alguém próximo, durante reuniões ou em salas de aula. Em um ato ainda mais grave, o indivíduo pode usar o celular enquanto dirige para não perder nenhuma novidade e registrar stories enquanto está no volante. Com o passar do tempo, essa pessoa passa a apresentar mau humor, estresse, ansiedade e solidão. Em casos mais extremos, o medo pode ainda causar depressão.
Quem é atingido pelo FoMO?
Pesquisas indicam que o vício em redes sociais não é um problema desenvolvido apenas por adolescentes. De acordo com estudos nos Estados Unidos e Reino Unido, as vítimas principais do Fear of Missing Out são jovens e adultos que possuem de 18 a 34 anos, faixa etária chamada de “geração Millennial“.
Os dados mostram que a síndrome não prejudica apenas a vida pessoal, mas também questões como vida profissional e carreira ficam em risco. As análises ainda indicam que os homens “hiper conectados” têm mais propensão a apresentar os sintomas do FoMO.
Qual o pior aplicativo para a saúde mental?
Uma pesquisa recente chamada de “Status of Mind” (estado da mente) demonstrou que o Instagram é o pior aplicativo quando falamos sobre saúde mental. O estudo avaliou as reações aos posts do Facebook, Twitter, YouTube, Snapchat e Instagram e teve resultados indicando que o aplicativo de fotos e vídeos causa depressão, ansiedade, má qualidade de sono e descontentamento com o próprio corpo.
Como amenizar o vício em redes sociais?
Veja a seguir, algumas dicas para quem reconhece que possui FoMO ou conhece alguém com estes sintomas.
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Aquilo que você vê on-line não necessariamente reflete a realidade
Você já viu um filme em que um personagem precisa aprender alguma habilidade como tocar piano, por exemplo, para alcançar seu sonho? No cinema, o processo de aprendizado normalmente é rápido e tudo o que vemos é ele tocando para uma multidão no final. Isso é chamado de edição e também acontece nas redes sociais.
Reflita um pouco e você vai perceber que as vidas que acompanha on-line não existem de fato como são mostradas para você. Então, faz sentido que você fique ansioso ou até com raiva, porque sua vida não é como a daqueles que você segue. Porém, muito do que vemos é somente um corte da realidade. Normalmente, as partes trabalhosas e tristes não vão para as redes.
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Evite passar muito tempo olhando para o celular
Muitas coisas que são publicadas nas redes não correspondem à realidade das pessoas. Por isso, a sensação do FoMO também é uma ilusão. Você não precisa desistir das redes sociais, apenas limite seu tempo nelas. Busque atividades que vão fazer você se sentir bem e conectado com o que de fato importa. Você também pode instalar aplicativos que te mostram quanto tempo passa nas redes. Eles vão te ajudar a ter maior controle.
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Tente meditar
Estar sempre conectado e buscar notificações e atualizações nas redes sociais é uma forma de não estar presente no momento. Desenvolva o hábito de dedicar alguns minutos para a prática meditativa para se conectar com o que está acontecendo agora dentro do seu corpo e mente. A prática da atenção plena possui diversos benefícios, ajudando no alívio do estresse, promoção de autoconsciência, além de proporcionar uma sensação de satisfação interior.
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Peça ajuda
O FoMO não é considerado uma doença, mas pode levar a problemas mais sérios caso você não dê atenção. Se você se sente afetado pelas postagens nas mídias sociais e está sempre ansioso por saber o que está acontecendo no seu feed, talvez seja a hora de procurar uma ajuda profissional para saber o que está gerando esses sentimentos negativos.
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